Crítica: Holocausto Canibal

Ontem, eu e Lívia assistimos ao polêmico filme Holocausto Canibal.
Só pra dar uma contextualizada, o filme é de 1980, realizado pelo doentio Ruggero Deodato, um italiano que parece possuir traços de sadismo, tamanha crueldade retratada no filme.
A história é narrada com um tom de documentário, onde acompanhamos um professor de antropologia, com a ajuda de mais 2 pessoas, indo até uma tribo resgatar um grupo de jovens que foram realizar uma pesquisa documental sobre os costumes e tradições de tribos indígenas canibais da Floresta Amazônica e acabaram não voltando. Lá, o professor é recebido com hostilidade e, após ganhar a confiança dos índios, consegue recuperar os filmes que os jovens tinham feito durante sua estadia na tribo.
Essa é a premissa do filme. Seria até interessante, caso não fosse tão brutal e crua.
Talvez, na busca de um suposto realismo, o diretor tenha preferido optar por planos mais longos, com poucos takes (baixo orçamento?) e muita improvisação por parte dos atores. Porém, o tiro saiu pela culatra. O resultado final é pobre, com atuações sofríveis e personagens mal desenvolvidos. Além do mais, o retrato dos índios sul-americanos é um tanto quanto estereotipado e infiel, mostrando-os como burros, sem nenhuma noção de modos ou organização social. São tratados como selvagens, quase como pertencentes à idade da pedra (quem garante que os Neandertais eram assim?). Os cenários são precários, além da brutalidade exagerada. Inclusive, animais foram realmente mortos nas gravações, o que deixa os puristas com a pulga atrás da orelha.
A brutalidade retratada é uma tentativa de nos fazer pensar: quem é mais selvagem, o homem "civilizado" ou os índios com sua cultura primitiva? Essa filosofia funciona até certo ponto, quando somos capazes de ignorar o "espetáculo" visual e analisar o filme de maneira mais profunda. Porém, o filme em si é bem raso, e não nos dá oportunidade de pensarmos nele como uma obra feita para se pensar. Afinal, muitas cenas de estupro, morte e agonia nos são jogadas no colo, e a bomba está armada.

Enfim, é um filme que vale a pena como passatempo, ou pra impressionar os amigos. Mas não é uma recomendação.

Ponto forte: O empenho com que as cenas de morte são feitas
Ponto fraco: O filme quase todo

Nota final: 3 / 10


























Holocausto Canibal
(Cannibal Holocaust, 1980)
Direção: Ruggero Deodato
Gênero: Terror / Gore / Falso Documentario
Origem: Italia / Colombia
Duração: 90 minutos

The Amazing Spider Man

Depois de sete meses dos inícios das filmagens, e novidades escassas (com direito a fotos vergonhosas do set), finalmente as novidades saem.
Acabando com o "mistério" em torno do filme (apesar de ser um novo filme, quem ainda não sabe da origem do Aranha?), saiu o trailer com boa qualidade. Com os créditos do Omelete.com.br:

http://www.omelete.com.br/videos/o-espetacular-homem-aranha-trailer-1/

Parece que vai ter um climão bacana, além da fidelidade à HQ com a presença da Gwen Stacy como primeira namorada do Peter. Quem sabe, mais futuramente, nós possamos vê-la morta pelas mãos do Duende Verde? Seria um sonho realizado *------*
A história dos pais do Peter também parece promissora. Vamos esperar pra ver.

Tinha ficado com o pé atrás com a escolha do Andrew Garfield como novo Peter, mas parece que ficou legal. E o diretor Marc Webb fez um ótimo trabalho com 500 Dias com Ela. Então, agora é torcer pra que seja, pelo menos, tão boa quanto a trilogia do Raimi.

Estréia marcada pra 03 de julho do ano que vem.

Visual Novo e Vingadores!

Em primeiro lugar, queria agradecer à Lívia, porque o visual novo do blog ficou incrível!
Adorei, de verdade. E, pasmem, combina com a cor nova do meu quarto AUHAUHHAUHUAHA


Agora, pras tietes que gritam quando aparece o logo de Harry Potter:

http://nosgeeks.com.br/movieleaks-vaza-suposta-cena-pos-creditos-de-capitao-america/ 

Foi inevitável soltar o sorrisão, né mano *-* 
Adorei a roupa e do cabelo do Thor (embora não goste muito do visual ultimate do cara), e a briga de egos entre ele, Stark e Capitão América vai ser foda!
Gostei também do relance do Loki preso, do Gavião, e do finalzinho, do Stark sacaneando o Thor.

DEUS, PERMITA QUE EU VIVE ATÉ O DIA 27/04/2012!

Julie & Julia

Voltei!
Na verdade, não tenho muito o que dizer à respeito do filme (aaaaaah). Tudo de bom que havia para dizer, o Marco já disse, e tudo de ruim... também. Só me resta evidenciar certos pontos importantes que ele não soube apreciar. Então, vamos lá.

Paris. Que cidade é essa, minha gente? Simplesmente encantadora. Quando Julia chega a essa tão magnífica cidade, podemos compartilhar da mesma emoção vivida pela personagem. Meryl Streep fez nossos olhinhos brilharem e nossa pele se arrepiar. A realização de Julia foi tão intensa, que nós, meros mortais que nunca fomos à Paris, conseguimos sentir o frescor do lugar, o cheiro, as formas. É lindo.

Julie, vivida por Amy Adams, não é tão doce e gentil como Julia, mas é incrivelmente meiga e cativante. Ela conseguiu tornar sua vidinha comum numa grande aventura pelos confins da culinária francesa. Genial. Ela se queixava da falta de tempo, mas encontrar tempo para fazer o que gostava foi patético de tão fácil. Nós mesmos fazemos isso no dia-a-dia. As mães são mestres em falar: “Se você não tem tempo pra me ajudar, vai ter tempo pra namorar?” E o que a gente faz? Arruma um tempo pra namorar, logicamente. E então, ela nos encanta com seu dom.

 O que era aquilo Meu Deus? Uma orgia alimentar, suponho. Me deu vontade de sair cozinhando loucamente, só pra ver o Marco tão feliz quando os rapazes daquele filme. Eita maridos sortudos, num é não? Uma mulher linda na cozinha, preparando tudo do bom e do melhor, o que mais esses homens poderiam querer? A Julie teve alguns probleminhas com o maridão, mas nada que já não fosse esperado. Achei a briga na medida certa. Aconteceu somente uma vez, mas foi intenso. Ambos aprenderam com aquilo. Adorei.

O Marco se queixou da “ausência de fatos”, ou talvez, do “clima morno” do filme. Bem, o filme narra o cotidiano de duas mulheres em diferentes épocas. Essa coisa de estar ali, contando o que aconteceu durante muitos dias acaba fazendo com que tenhamos mesmo essa impressão. Em filmes de romance/drama esse clima é normal, por isso não me incomodei. Acostume-se, meu amor.

Principal defeito do filme: minha constante obsessão por comida. Não consigo parar de experimentar coisas, é terrível.



Nota: 7 / 10


O tão temido pato 



Lívia Ferreira

Lista: Os Melhores de 2010

Como é moda na internet, vou fazer uma lista com meu top 10 desse ano, aproveitando que hoje é o primeiro dia de 2011 (já começamos bem: eu e a Lívia assistimos Enterrado Vivo; a crítica sai esses dias).

Atenção: Os filmes a seguir não são necessariamente de 2010. Eles podem ser de outros anos, mas eu ASSISTI nesse ano.

Então, vamos lá:



10°: Atividade Paranormal 2 (2010)



O filme mais esperado por mim no ano inteiro. A injeção de orçamento (mas nem tanto) fez bem para a série, que se apresenta com uma melhora significativa com relação ao primeiro. Porém, no enredo, é inferior ao original. Os sustos estão vertiginosos, e o clima de tensão é inigualável. Assustador, tenebroso e impressionante. Valeu a espera: é demais.



9°: Across the Universe (2007)

























Esse é uma beleza. Literalmente. Encantador, emocionante, inesquecível... A melancolia e o clima psicodélico desse musical me passam sentimentos novos. Dá vontade de amar (Lívia que me mostrou; obrigado, neném), de cantar, de ouvir Beatles. Confesso que não gostava muito da banda, muito menos de musicais. Mas esse me fez mudar de opinião. Vale o lugar na lista.



8°: De Volta Para O Futuro (1985)

























Filme divertido demais, foi outro que a Lívia que me chamou pra assistir. Adorei; brinca com a viagem no tempo com muita destreza, tema esse que é complicado e cheio de furos. Contém inúmeras referências a cultura pop, como a música Johnny Be Good, a marca de roupas Calvin Klein, entre outros. Impossível não lembrar da cara de maluco do dr. Brown. Recomendado.


7°: Bastardos Inglórios (2009)



Personagens memoráveis fazem deste uma grande aquisição para essa lista. Cristoph Waltz (vencedor do Óscar de Melhor Ator Coadjuvante) como o "Caçador de Judeus" está maravilhoso, assim como Brad Pitt (Aldo Raine), caricato como deve ser. Há também a francesinha blasé, o judeu perseguido, o americano patriota, o alemão engomadinho... O desfecho é épico, modificando a história de acordo com a visão do Mestre Tarantino. Ponto pra esse filho da mãe.



6°: Kick Ass (2010)



Filme violento, realista, chocante e incrivelmente divertido. As cores entram em contraste com a análise social do longa, bem atual. É impressionante ver o treinamento da Hit-Girl, como seu pai faz dela uma assassina fria e insensível. Procura diversão despretensiosa? Saia daqui. Procura um bom filme que mistura realidade e fantasia? Assista. Recomendadíssimo.



5°: 500 Dias Com Ela (2009)




Com a personagem mais linda, carismática, apaixonante, estranha, enigmática e viciante dessa lista, 500 Dias Com Ela é um filme pra ver e rever. É quase um drama comum, com a exceção de que a história não é linear, prendendo nossa atenção do início ao fim. Assista e tente não se apaixonar pela Summer. Destaque pra parte onde ela canta uma música do The Smiths dentro do elevador, e pra parte da festa, onde, com a tela dividida, vemos expectativa e realidade. Pobre Tom.  Saiba que não foi o único a cair de joelhos perante tal figura.



4°: Up - Altas Aventuras (2009)





Ah, Pixar, Pixar... Minha animação preferida, de todos os tempos. A história do Sr. Fredericksen é de partir o coração. Perceba como, aos poucos, vamos experimentando um turbilhão de sentimentos logo nas primeiras cenas do filme. Rimos, choramos, torcemos, nos decepcionamos... Isso pra mim que é cinema: emoção. Amo, amo, amo o Dug. Adoro o Kevin. Quero um Russel pra mim, e um vovô tão legal quanto o Sr. Fredericksen (Chico Anísio na dublagem nacional). O que seria de mim sem Up?



3°: Star Trek (2009)




Esse me surpreendeu. Não posso comparar essa versão com as antigas, uma vez que confesso que nunca fui fã da série (pseudo-nerd). Porém, a obra em si é espetacular. Dotada de um ritmo empolgante, cenários e efeitos sensacionais, além de personagens memoráveis, a obra de J. J. Abrams (Lost) acerta em todos os pontos. Uma parte que me chamou a atenção foi uma sequencia onde Kirk, ainda criança, rouba o carro do padrasto e "voa" pelo deserto. Nunca uma música foi tão bem utilizada quanto Sabotage, dos Beastie Boys, aqui. De tirar o fôlego.



2°: O Senhor dos Anéis (2001, 2002 e 2003)




Esse é outro que nunca fui fã, até realmente sentir vontade e curiosidade pra ver. Me arrependo amargamente por não ter prestado atenção nessa saga incrível. Tudo que cerca esse filme é maravilhoso. O elenco, os efeitos, a história... até a vestimenta das personagens me deixou encantado. Repare na diferença de Gandalf, O Cinzento para Gandalf, O Branco. Demais, incrível, soberbo, estonteante. Assista e veja do que estou falando.




1°: Toy Story 3 (2010)




Não poderia ser diferente: Toy Story 3 veio pra fazer história. Conclui a saga, iniciada em 1995, de maneira emocionante e divertida. Até o cara mais macho do mundo vai parar e se encantar com o desfecho. Com o tom ideal de nostalgia, mas sem depender dos outros filmes da saga, nos apresenta novos personagens memoráveis, além de conter as piadas bem sacadas que são marca da série.  Pra crianças, adultos, velhos, gays, heteros, burros, inteligentes, cegos... O filme perfeito.




Menções honrosas: Avatar (2009); Cloverfield (2008); Resident Evil: Recomeço (2010); Wall-E (2008); Scott Pilgrimm vs. O Mundo (2010)





Marco Bessa

Crítica: Julie & Julia

Quando você come arroz com feijão, você acha uma delícia, sente que poderia comer aquilo todos os dias. Porém, sempre vai faltar um sal, uma pimenta, um tempero ou um acompanhamento, que torne o prato diferente dos demais.

É mais ou menos isso que acontece em Julie & Julia.

Lançado em 2009, o longa dirigido por Nora Ephron é dividido em 2 núcleos centrais. Em um, ocorrido nos idos anos 40, acompanhamos a história de Julia Child (Meryl Streep), uma americana recém-chegada a Paris, que, ao experimentar um prato francês, se encanta com a culinária local, e decide se aventurar na cozinha e escrever um livro. Por outro lado, o outro ponto de vista da história segue Julie Powell (Amy Adams, Encantada), uma atendente de telemarketing que possui uma vida pacata. Seus parentes (e ela mesma) não perdem a oportunidade de jogar na cara dela o quanto ela é acomodada, e que ela nunca termina nada que começa na vida. Pra mudar isso, ela segue o exemplo de uma prima e monta um blog, onde decide postar a experiência de fazer todas as 524 receitas do livro de Julia Child no período de um ano.

http://umadosedecinema.files.wordpress.com/2010/01/julie-and-julia.jpgE assim, o filme vai alternando entre presente e passado, mostrando situações semelhantes que acontecem com as protagonistas. E esta é justamente a grande atração do filme. É divertido ver o vai-e-vem da narrativa, onde somos presenteados por Meryl Streep com uma atuação divertidíssima. É impossível não abrir um sorriso sempre que ela diz Bon Apetit!, com aquele carisma único. Sempre bem-humorada, ela busca reconhecimento na cozinha francesa, apesar de ser uma americana. Amy, por sua vez, também possui situações legais, como na parte onde ela faz birra por não conseguir preparar um pato da maneira como deve ser. Outro ponto a favor do filme são os coadjuvantes, os maridos de Julie e Julia. Sempre apoiando as esposas, são divertidos e, por que não, sortudos. Queria poder comer tanta coisa gostosa e diferente quanto eles.

O longa peca pela falta de diferencial na sua história. O roteiro possui bons momentos, mas, no geral, a história não dá grandes passos ao longo de seus 123 minutos. É bem morno, como pizza no fim da noite. Vemos apenas as receitas sendo preparadas, além de algumas dificuldades, obrigatórias nesse tipo de filme. Briga com o marido carente por atenção? Está lá. Chance mal-sucedida de subir na vida? Tem. Está tudo lá, como se o filme tivesse seguido a receita dos filmes de drama que invadem o cinema toda semana. Se tivessem dado ênfase, por exemplo, na dificuldade de conciliar vida / trabalho de Julie, como ela mesma disse que seria difícil no começo do filme, teria sido bem mais satisfatório. Sem contar que, no fim, quando a história parece que vai andar (com o primeiro contato entre as duas), tudo “acontece” de maneira superficial (um telefonema de um amigo-do-amigo), e nada mais. Sem contar a obsessão de Julie por Julia, irritante em algumas partes.

Um filme bem alegre, cheio de cenários coloridinhos e atuações convincentes por parte do elenco (destaque, novamente, para a incrível Streep), o filme entretém, mas é facilmente esquecível pela falta de situações inusitadas. Traz pra mim, por favor, o ketchup picante?

Ponto forte: Streep, tema central, os pratos preparados.
Ponto fraco: Falta de ousadia por parte da direção

Nota: 6 / 10


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Julie & Julia
(Julie & Julia, 2009)
Direção: Nora Ephron
Gênero: Comédia / Drama
Origem: EUA
Duração : 123 minutos.




Marco Bessa

Kill Bill Vol. 1



Então vamos começar com essa palhaçada: Kill Bill, senhoras e senhores.
Os que se interessaram pelo artigo, já estão avisados da imparcialidade aqui encontrada. E se mesmo assim quiserem prosseguir a leitura, saibam que encontrarão mais do que uma crítica de cinema. Aqui está a verdade, nua e crua. Não sou especialista na área, mas amo cinema e por isso tenho mais do que o direito de opinar, sem devaneios. Bom, comecemos com isso!

Esse filme me fez muita raiva. Em uma das inúmeras conversas que tenho com o Marco, soltei assim, sem querer, que não gosto do filme. Na verdade, se eu tivesse só dito que não gostava, estava bom. O problema foi que eu soltei a língua mesmo, falei muito mal, caçoei e etc. Resultado: ele ficou com raiva de mim. Ficou bravo mesmo, ao ponto de não falar comigo. Depois do ocorrido, a leve simpatia que eu tinha pelo filme se extinguiu, por completo.
Os que veneram o Tarantino, podem me xingar do que for, não me importo. Eu não gosto do filme e sei que nunca vou gostar. É uma questão de amar ou odiar. E, sem dúvida nenhuma, os motivos que tenho pra odiar são infinitamente mais numerosos do que os para amar. Portanto, eu ODEIO Kill Bill.


Para começar, o gênero. Se for comédia, sinto muito, mas só achei uma cena engraçada. Se for ação, deveria ser um pouco mais sério, sem sangue jorrando, cabeças rolando, olhos sendo arrancados... (Pra deixar claro: eu sei que filmes de ação envolvem sangue e coisa e tal, mas não precisava ser daquele jeito. O diretor não precisava ter sido exagerado e excêntrico à esse ponto.)


Por falar em sangue, o que era aquilo? Parecia que um hidrante havia explodido, sei lá. Me dá enjôo só de lembrar da cena em que a Sofia Fatale perde o braço, daí o sangue fica jorrando enquanto ela se debatia, rolava no chão, gritava...Foi um inferno aquilo! E quando eu digo que o filme é exagerado, me chamam de hipócrita. Não entendo. Ah, nem preciso falar dos decepamentos sucedidos, né?


Outros detalhes que me mataram de raiva: Por que diabos o nome dela não pôde ser revelado? Qual o sentido disso? Para ser cômico? Porque sinto muito, falhou. E os palavrões? Será que as pessoas não conseguem se expressar perfeitamente sem utilizarem desses recursos sujos? E o fato dela ter derrotado os 88 Loucos sozinha. Leram bem isso? SOZINHA. Eita mulher boa, não acham? E depois de tudo isso, a história ainda por cima não é linear! Fico toda perdida com esse vai e volta, vai e volta...


Agora, para não xingarem até a oitava geração da minha família, segue aqui alguns pontos fortes da história:
-Trilha sonora: tenho que reconhecer, é boa. Mas não vou me rebaixar e elogiar mais;
-A história da O-Ren: em anime, foi muito bem explorada. Até senti dó da pobre coitada;
-Durante a luta com os Loucos: a “noiva que não deve ser nomeada” se viu frente à um moleque medroso, com cara de bobo. Ao invés de matá-lo ou decepá-lo (como ela adora fazer), ela deu umas palmadas, ou melhor, espadadas nele e o mandou pra casa. Foi a única cena dos 100 minutos de filme que me arrancou um sorriso;
-Os closes são muitos bons, tenho que admitir, fazendo referência aos westerns, do Sérgio Leone . (Andei pesquisando, acham que sou boba?) Realmente fiquei impressionada. Pelo menos isso salvou.
-Para finalizar, a Lucy Liu estava DIVINA, como sempre. A Uma Thurman não. Não gosto dela.

 Última coisa, eu juro: além do filme ser ruim e eu ter sido “obrigada” a assistir de novo, tem uma droga de revelação na última fala que fez minha cabeça explodir. Foi como se o diretor dissesse: “Idiota, ficou curiosa? Corre lá e assiste o Vol.2, otária”. Quentin Tarantino, você me paga!



Os que preferirem ler a crítica de quem realmente gostou do filme, fiquem à vontade.


Nota: 4 / 10




Os pés mais feios que eu já vi na minha vida, e tenho dito.






Lívia Ferreira

Crítica: Kill Bill Vol. 1

Kill Bill é o quarto filme do diretor Quentin Tarantino. Diretor esse que é conhecido por seu estilo fora do comum, irreverente, quase estranho. E isso fica bem claro em Kill Bill vol. 1, lançado em 2003, sendo a primeira metade de uma história contada em 2 partes.

Kill Bill conta a história da Noiva (Uma Thurman; seu nome não é revelado nessa primeira parte), uma mulher que fazia parte de um grupo de assassinos, mas que resolve largar essa vida sanguinária e se casar, procurando um ambiente melhor pra criar seu bebê. Porém, inesperadamente, ela e todos os convidados são assassinados dentro da igreja. Só que o trabalho não foi bem feito, pois ela acorda de um coma 4 anos depois, com apenas uma coisa em mente: Matar Bill.

Com uma premissa aparentemente simples, Tarantino não enrola ao nos mostrar os fatos da história (através de um modo não-linear, característica essa comum em seus filmes), e tentar mostrar um desenvolvimento raso dos personagens, algo quase obrigatório nos filmes Hollywoodianos. A primeira cena explicita bem isso: a Noiva chega na casa de uma mulher, e assim que essa abre a porta, as duas se envolvem num embate divertidíssimo e nada comum. Esqueça puxões de cabelo e unhadas: aqui as duas brigam pra valer, com facas, socos e armas. E, de repente, o combate é interrompido de uma maneira muito inusitada. Não vou contar aqui pra não estragar a surpresa, mas é hilário e ao mesmo tempo dramático.

E assim o filme vai acontecendo. Somos levados pela história através de flashbacks e flashforwards, acompanhando a busca implacável da personagem pelos 5 nomes de sua lista responsáveis pelo massacre no dia de seu casamento. É interessante notar a maneira como ela liquida os personagens, como o enfermeiro do hospital e a assassina O-Ren (Lucy Liu, belíssima). Sempre algo fora do comum, violento e divertido, bem ao estilo de Tarantino.

Aqui, o diretor nos presenteia com diversas sátiras, homenagens e referências a estilos consagrados. Por exemplo, o mestre Hattori Hanzo constrói uma espada especialmente para a Noiva pelo simples fato desta mencionar qual o seu objetivo, nos lembrando aqueles filmes antigos de samurai, onde há toda uma mitologia em volta daquilo (repare na cena onde Uma retira a espada da bainha, o barulho metálico que esta faz). Ou como a segurança oficial de O-Ren morre, satirizando filmes de terror japoneses. Além disso, um espetáculo à parte é a música-tema da Noiva, quando esta se prepara para atacar seu alvo. É impossível não lembrar daqueles filmes de ação dos anos 80, muito bregas e ao mesmo tempo muito "FUCKYEA". As músicas (ou a falta delas), escolhidas a dedo por Tarantino, se encaixam perfeitamente nos momentos de tensão, de alívio ou de emoção, assim como a estética, colorida e estilosa, e preto-e-branco em algumas partes (vale mencionar a parte em anime, lindíssima e bem dramática).

Uma está perfeita aqui. Sua atuação como a mulher de coração partido está incrível e muito convincente. É visível seu esforço e preparo para as cenas de luta, vide as batalhas finais, onde sozinha ela enfrenta os 88 Loucos. Lucy Liu também está ótima, uma tirana de botar medo até no mais macho dos homens.

Existem, claro, alguns buracos no roteiro. Por exemplo, como diabos ela arranjou aquela moto no Japão? Ou como foi que ela encontrou Sofia Fatale (Julie Dreyfus, linda) no meio de Tokio, uma cidade tão enorme? E mais: por que ela esperou tanto tempo pra pegar O-Ren, sendo que, de qualquer jeito, ela a desafiaria abertamente no meio do local onde estavam? Mas, apesar disso, são erros perdoáveis, frente a vários acertos do filme. Sem contar que, alguns detalhes, como o fato de o nome da personagem ser escondido por um bip, são bestas mas ao mesmo tempo empolgantes. E o final contém uma revelação que te deixa sedento pelo vol. 2.

Assim, ao final do filme, fica aquele gostinho de quero mais, aquela vontade de ver de novo, pra rir das músicas ou pra pular no sofá na hora dos duelos. Tarantino, bem ao seu estilo de filmar, nos presenteia com mais uma pérola.

Ponto forte: Estética, personagens.
Ponto fraco: Ter de trocar o dvd pra continuar acompanhando a história.

Nota: 9 / 10.





















Kill Bill Volume 1
(Kill Bill Vol. 1, 2003)
Direção: Quentin Tarantino
Gênero: Ação / Comédia
Origem: Estados Unidos
Duração: 111 minutos


Marco Bessa

E está lançada a sorte!

Primeiríssimo post do Blog da Lívia e meu, onde trataremos de cinema e... cinema. E, possívelmente, haverão desavenças causadas pelas opiniões sobre os filmes.
Mas, fazer o que? Faz parte...


Bom, pra me apresentar:

Me chamo Marco, sou namorado / marido / amigo da Lívia. Curso Psicologia na UFMG.
Não gosto de pessoas. Gosto de música, cinema, videogame e outros tipos de entretenimento.
A Lívia diz que eu tenho um gosto ruim pra essas coisas, e eu realmente tenho. Mas acho que é porque não levo as coisas a sério demais. E pretendo mostrar motivos pelos quais vejo as coisas de tal maneira.
Gosto de muitos tipos diferentes de filme. Sou fã de ficcção, comédia, drama, musical, terror... desde que seja bom, estou curtindo!

O que importa por enquanto é isso. Qualquer coisa, vou postando aqui.


Ah, que fique bem claro: minhas críticas são as que contam. A Lívia só conquistou o direito de escrever aqui porque ela é bonitinha. Logo, não dêem importância; ela só gosta de coisa ruim. E também porque ela é quem vai cuidar do design do blog. Ou seja: a culpa de qualquer coisa é dela!


(É brinks, neném. Eu te amo :P)

É isso.